PETS INSPIRAM CANÇOES
Pets fazem parte do cotidiano de inúmeros lares. Os tipos mais comuns são os cachorros e os gatos. Mas há quem adote roedores, tartarugas, coelhos, aves e até cobras. São chamados de queridos, fofas, fofinhos e até de filhinhos. Com o tempo tornam-se companheiros e companheiras fiéis, acompanhando seus donos e donas por toda a casa. Nas saídas, para passeios aos parques, shoppings, restaurantes e até em viagens, em hotéis petfriends. Ouvem com atenção o que os tutores falam em momentos de desabafo, angústia, dúvida ou tristeza como se fossem seus confidentes. Demonstram carinho e lealdade.
Portanto é com muito merecimento que recebam homenagens, virem personagens de quadrinhos, filmes, peças de teatro, contos e romances em livros. Ou sirvam para inspirar canções, diretamente identificadas ou batizadas com seus nomes.
Assim acontece em “Martha my dear”, presente no “The White Álbum” dos Beatles de 1968. Apesar de assinada pela dupla famosa, é uma composição que Paul Mc Cartney dedica à sua cachorra Martha, da raça sheepdog, que o acompanhou por 15 anos, e que na época do lançamento da música tinha três. “Martha, my dear. Though I spend my days in conversation, please. Remember me. Martha, my love. Don’t forget me. Martha, my dear”.
Quanto a “Delilah” este é o nome da gata persa preferida de Freddie Mercury, que ganhou uma canção composta por Mercury e que está no décimo quarto e último álbum do Queen, de 1991. “Delilah, Delilah. Oh my, oh my, oh my. You’re irresistible, ooh, ooh, ooh. You make me smile when I’m just about to cry. You bring me hope, you make me laugh, and I like it.”
King foi um cachorro de estimação de Neil Young contemplado com a canção “Old King” que está no álbum Harvest Moon de 1992 do cantor.” I had a dog and his name was King. I told the dog about everything. Old King sure meant a lot to me. But that hound dog is history”.
A linda canção “Morph the cat” batiza o álbum autoral de Donald Fegan, um dos fundadores da banda Steely Dan. Fala de Morph, um suposto gato, elegante e carismático, que passeia pelos telhados e traz alegria aos moradores dos bairros de Nova York. “High above Manhattan town. What floats and has a shape like that. Fans like us who watch the skies. We know it’s Morph the Cat. Gliding like a big blue cloud. From Tomkins Square to Upper Broadway. Beyond the park to Sugar Hill. Stops a minute for a latte.
Um pet chamado Ben, ficou famoso na voz de Michael Jackson, em seu primeiro sucesso. Trata-se de um corajoso rato, que faz amizade com um garoto chamado Danny e o ajuda a derrotar valentões. A música, composta por Don Black e Walter Scharf, é a faixa-título do filme de horror ecológico urbano “Ben O Rato Assassino”, destaque na época. A canção ganhou o Globo de Ouro de Melhor Canção nesse ano.” Ben, the two of us need look no more we both found what we were looking for. With a friend to call my own. I’ll never be alone. And you, my friend, will see. You’ve got a friend in me.”
Há outros pets que receberam canções, porém não tem seus nomes identificados por seus autores. Um exemplo acontece com a canção “Ï love my dog” do álbum Mathew & Son, de 1967, do cantor Yussuf Islam, mais conhecido por Cat Stevens. O mesmo ocorre na canção “Man of the hour” de Norah Jones, do disco “The Fall” de 2009. A letra ressalta os motivos da escolha de um cachorro, como o companheiro perfeito naquele momento especial. Apesar de manter em segredo o nome do pet, Norah o destaca na foto da capa do álbum ao seu lado. “You never argue. You don’t even talk. And I like the way you let me lead you. When we go outside and walk. Will you really be. My only man of the hour”.
Mas não poderia faltar neste seleto playlist uma representante brasileira. É “Diana” de Toninho Horta e Fernando Brant. Com bela descrição visual e melódica faz homenagem póstuma à cachorra de Brant. A canção além de ser faixa de destaque no álbum “Terra dos Pássaros” de Toninho Horta, também está no primeiro LP do Boca Livre, ambos lançados em 1979. “Velha amiga eu volto à nossa casa. Já não te encontro alegre, quase humana. Corpo pintado de branco e marrom. E uma tristeza no olhar. Como se conhecesse dor milenar”.
NOTA 1 Pesquisa histórica, pesquisa musical e texto por Nando Cury
Principais fontes consultadas: Roling Stone Brasil, Veja, Plano crítico.com
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