The Police on stage
THE POLICE: UMA BIOGRAFIA MUSICAL

A banda The Police nasce em 1977 na cidade de Londres, Inglaterra. Formada por Gordon Thomas Sumner, o famoso Sting, vocalista principal, baixista e autor das principais composições, mais Andy Summers, na guitarra, Stewart Copeland, na bateria e backing vocal.

O Police traz uma mistura de punk rock com reggae e jazz. Sobressai a voz aguda e diferenciada de Sting, seu baixo bem marcado, combinando perfeitamente com os riffs e acordes eficientes de Summers. Como marca registrada do Police, vem a batida  criada pelo exímio baterista Copeland. As letras de suas canções abordam assuntos polêmicos.

Primeiro álbum: Outlands d’Amou

The policeCom um orçamento de apenas mil e quinhentas libras esterlinas, emprestadas por Miles Copeland III, irmão de Steve, o The Police grava seu primeiro álbum, em 1978, batizado de “Outlands d’Amour”. E logo faz uma turnê pela Grã Bretanha.

As duas principais músicas são “Can’t Stand Losing You”, que fala sobre suicídio e “Roxanne” que conta a história de uma eventual prostituta. Os temas não favorecem as vendagens do disco no ambiente mais tradicionalista do Reino Unido, a BBC reage de modo desfavorável. Mas no ano seguinte, a turnê norte-americana permite alavancar a banda para as rádios e para o mundo.

Outras músicas importantes do disco inicial são “So lonely”, incorporando uma levada reggae e “Thruth hits everybody”, que destaca a batida da bateria de Copeland. As duas canções fornecem influências ao estilo dos Paralamas. “Masoko Tanga”, por sua vez, inspira as composições do Skank.

Segundo álbum: Reggatta De Blanc

The Police Em 1979, sai um single com o vibrante rock “Message in the bottle”, abrindo os caminhos para o lançamento do segundo álbum “Regatta de Blanc”. Surpreendentes são “Bring on the night” mais um rock-reggae. E “Walking on the moon”, com frases de baixo em contracanto.

A canção “Message in a Bottle” e o LP “Regatta de Blanc” atingem o nº 1 nas paradas britânicas no mesmo ano.

Terceiro álbum: Zenyatta Mondata

The PoliceZenyatta Mondata, o terceiro álbum de estúdio do The Police teve a coprodução de Nigel Gray. O repertório, já composto durante a segunda turnê, acelera o tempo de gravação, que dura apenas quatro semanas. E é feita na Holanda, por causa dos altos impostos britânicos.

Abre com “Don’t stand so close to me”, a história de um professor que é assediado por uma aluna e resiste. É uma canção com rótulo de inesquecível do The Police, e nomeia o single líder das paradas e o mais vendido na Inglaterra em 1980.

A banda pratica um rock clássico em “Voices in my head”, que abusa de uma longa introdução e traz apenas um único verso “Voices inside my head. Echoes of things that you said. Jump”. O vibrante rock “Man in a suitcase” revela mais um caminho musical aos Paralamas. Zenyatta Mondata tem ainda o rock “De Do Do Do, De Da Da Da”, frase que atribuem ao filho de Sting e que vira um hit da banda.

Além de ter chegado ao topo das paradas no Reino Unido, o álbum rende Grammy Award de 1982 para o Police, como Melhor Performance de Rock em grupo com vocal por “Don’t Stand So Close To Me”.

Quarto álbum: Ghost in the machine

The PoliceCom o inspirado “Zenyatta Mondatta” o The Police obtém um sucesso arrebatador, lota estádios com seus shows, conquista muitos fãs, mas começa a perder o foco no trabalho em grupo. Outra questão desfavorável é o relacionamento entre os músicos que está tenso.

Para o quarto álbum “The Ghost in the Machine”, lançado em 1981, Sting, Summers e Copeland tem seis meses para fazer o planejamento. A escolha é trabalhar mais na sonoridade das músicas e nas temáticas das letras. Sting pega inspiração no livro homônimo de Arthur Koestler, que fala sobre a relação corpo e mente e a tendência humana de autodestruição. Os três contam com Hugh Pagdham na produção. E acontece a inclusão de sintetizadores, arranjos de teclado e de metais. Sting aprende e toca sax.

O álbum começa com a imperdível: “Spirits in the material world” que traz uma forte frase de contestação política: “There is no political solution. To our trouble evolution”. E tem como alavanca a insquecível “Every little thing she soes is magic”, que tem a presença do tecladista Jean Russel. Destacam-se também os rocks pesados e dançantes “Hungry for you”, cantado em francês, “Demolition Man” e “Too much information”, na qual Sting cita lugares que havia visitado. Vale ouvir o rock raggeado “One world”.

“Ghost in the Machine” chega, em 1981, na primeira posição na parada do Reino Unido e na segunda nos Estados Unidos. É o grande sucesso do Police e está na lista dos melhores álbuns da época.

Quinto álbum: Synchronicity

Para o quinto álbum de estúdio “Synchronicity”, de 1983, as ideias temáticas surgem de outro livro de Arthur Koesler chamado “The Roots of Coincidence” e ainda a partir do conceito de Sincronicidade, desenvolvido por Carl Jung. Sting decide alugar uma casa chamada de Golden Eye na Jamaica, que havia pertencido a Ian Fleming, o célebre autor inglês criador de “James Bond”. Lá, na escrivaninha usada por Fleming tem tranquilidade para compor as canções para o novo álbum. Novamente Hugh Pagdham é o produtor musical e grava as bases com os músicos tocando simultaneamente, em salas separadas, para buscar a mesma espontaneidade de uma performance ao vivo.

Apesar de focar num relacionamento obsessivo, ”Every breath you take” torna-se a mais badalada canção do The Police, atingindo o 1º lugar na Inglaterra e na Billboard 200 norte-americana, que até então era ocupado por Thriller de Michael Jackson. A segunda mais tocada nas rádios é a vibrante “King of pain”, que vira mais um sucesso. Em “Oh my God” a banda faz um retorno à formação original, com Copland buscando formas percussivas na bateria, acordes dissonantes vindos da guitarra de Summers e Sting na voz e riffs caprichados de baixo.

Outras indispensáveis do “Synchronicity” são “Walking in your footsteps”, que remete a uma volta à pré-história e tem uso de flautas e tambores primitivos, somados a acordes de música eletrônica, “Wrapped around your fingers” e “Tea in The Sahara”, que conta a história de três irmãs dançarinas que se apaixonam por um beduíno que aparece para elas no deserto. O álbum “Synchronicity” tem mais de 11 milhões de cópias vendidas em seu lançamento.

Após enfrentar extenuantes turnês com Summers e Copland, sofrer por um casamento desfeito, como sucedeu com Summers, submeter-se a várias sessões de terapia, chega o momento de Sting decidir partir para uma carreira solo, que é muito bem sucedida. O The Police se defaz.

 

 

NOTA 1 – Pesquisa histórica, pesquisa musical e texto por Nando Cury.

NOTA 2 – Principais fontes consultadas: cidadeecultura.com; cafehistoria.com; letras.mus.br;youtube.com; mamami.com.au; mundovinyl.com.br; allmusic.com; historiasquecontam.com.


 

 

 

 

 

 

 

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