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10 INTERPRETAÇÕES DIVINAS DE MÚSICAS DOS BEATLES

Cresci com The Beatles. Ouvi muito The Beatles. Sonhei com Os Beatles, Me imaginei um dos Beatles. Faço parte de uma banda que canta Beatles: a Beatles For All. Continuo curtindo demais os originais dos Beatles. E agora me inspirei em outras bandas, cantores e cantoras que cantam Beatles. Pra poder, enfim, escolher aquelas que fizeram interpretações de músicas dos Beatles as quais considero divinas, únicas. Versões que mantém o “coração melódico”, mas podem ser em outro ritmo. Ou podem mudar a ordem dos versos, a harmonia, a letra, o arranjo, até a própria melodia. Fazer quase que uma reconstrução. Tudo aquilo que nenhum cover faria. A lista que programei, feito um DJ apaixonado, não tem ranking. Pois se tivesse mais espaço colocaria outras tão incríveis quanto estas que seguem.

Otis ReddingComeço com uma incluída no álbum Complete & Unbelievable: The Otis Redding Dictionary of Soul, de 1966. O talentoso cantor Otis Redding, cuja breve carreira foi interrompida por um desastre aéreo em 1967, abre “Day Tripper” (*L&MC) com sua voz forte destacando o refrão e quebrando os versos num modo swingado incomparável.

Apenas um violão bem marcado, jazzístico querendo bossanovar, acompanha e convida a irreverente Ammy Winehouse a zigue zaguear sua linda voz nos versos de All My Loving (*L&MC), numa apresentação que fez na BBC3, em 2004.

Joe CockerUm cantor de voz rouca transforma uma música, menos badalada e de arranjo normal que está presente no fantástico Sargent´s Peppers dos Beatles, num clássico do Festival de Woodstock em 1969. Seu nome é Joe Cocker na sua arrebatadora leitura de “With a little help from my friends” (*L&MC). A gravação original, no álbum homônimo do mesmo ano, traz Jimmy Page na guitarra.

Apesar de denominado o guru do amor nos anos 70, por suas várias composições e sucessos românticos, o cantor Al Green deixa sua pegada soul bem destacada em “I wanna hold your hand” (*L&MC), do álbum “Love Ritual” de 1989.
A diva Nina Simone canta e toca piano na gravação de 1971. Numa versão suave, com andamento mais lento que a original, Nina canta como se conversasse com alguém, ao mesmo tempo que curte o sol. Uma linda interpretação de “Here comes the Sun” (**GH).

Crosby, Still, Nash and YoungCom harmonia muito próxima da original, marcada no violão e sustentada pela voz solo de Stephen Stills, a versão de “Black Bird” (*L&MC) com Crosby, Stills and Nash é sob medida para quem gosta de vocais. Está no álbum “CSN” de 1983.
Abre com metais, solo de guitarra e um piano marcando. Logo em seguida entra um chorus destacando a segunda parte da música em levada de jazz. Quebra para um rif com bateria ritmada com a primeira parte. Um arranjo muito especial, feito pela banda Earth, Wind & Fire para “Got to Get You Into My Life” (*L&MC), no álbum “E,W&F” de 1978.

E o que esperar de uma versão feita por uma banda de rock progressivo para uma música do começo de carreira dos Beatles (Beatles For Sale, 1964). John Anderson na voz solo, com o backing vocal e baixo de Cris Squire, Peter Banks na guitarra, Bill Bruford na bateria e vibrafone, mais Tony Kaye, no organ e piano, incluem o rif de Day Tripper e preparam uma bela surpresa para a doce Every Little Thing (*L&MC) (“Yes”, 1969).

Mais de 150 artistas famosos gravaram Something (**GH). Frank Sinatra, Elvis Presley, James Brown, Joe Cocker, Ray Charles foram alguns deles. Mas, ficou muito bonita e alegre com outra diva, Ella Fitzgerald, no álbum ao vivo “Ella à Nice”, de 1983, onde a cantora mostra toda a sua técnica de criar e prolongar as frases musicais.

Steve WonderPra finalizar o setlist, incluo uma música que muitos acham que não é dos Beatles. Pois foi personalizada magnificamente por outro grande artista. Será que foi pelas muitas vozes que ele incluiu? Será que foi pelo órgão e a gaita que ele tocou? Será que foi o arranjo com quebradas? Em 1971, Stevie Wonder lançou um single pela Motown, com We can work it out (*L&MC). Chegou entre as 15 primeiras posições na Billboard e ganhou sua quinta indicação para o Grammy em 1972.

Hei, espera, tem bônus track. Desde que ele lançou a versão de uma música dos Beatles nos EUA, em 1968, eu passei a admirar e acompanhar o trabalho desse inventivo pianista e arranjador chamado Sérgio Mendes com sua banda Brasil 66, composta por excelentes músicos e cantoras afinadíssimas, como Lani Hall. Ele escolheu “Fool on the hill” (*L&MC) para batizar o disco desse ano, que ganhou um belo arranjo em bossa nova.

Composições de: *L&MC: Lennon and Mc Cartney e de **GH: George Harrison.
NOTA. Pesquisa histórica, pesquisa musical e texto por Nando Cury

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