Sergio Mendes
SERGIO MENDES: UMA  BIOGRAFIA MUSICAL DOS ANOS 80 A 2020 

Um workaholic nato, o pianista, arranjador e compositor Sérgio Mendes participa de grupos instrumentais desde a adolescência. Nos anos 60 monta sua principal banda, a “Sérgio Mendes & Brasil 66, com músicos e cantoras. Fica famoso por seus arranjos originais em bossa nova e outros ritmos musicais. Na primeira biografia musical de Sérgio Mendes, apresentamos suas principais músicas e sucessos das décadas de 60 e 70. Nesta segunda biografia musical, vamos focar nas obras mais representativas da década de 80 até seu último álbum em 2020. 

Em 1983, Sérgio lança o CD com o seu décimo álbum de estúdio, que leva o nome de “Sérgio Mendes” e inclui “Carnaval” tradução de Festa do Interior de Moraes Moreira e Abel Silva, com versão de David Batteau e Mary Ekler e “Rainbow´s end” de Don Freeman e David Batteau. A canção carro chefe é “Never let you go” de Barry Mann e Cynthia Weil, cantada por Joe Pizullo e Lisa Miller, que chega à quarta posição da Billboard.  

O álbum Confetti surge em 1984. Pensando nas Olímpiadas de Los Angeles, EUA, Sérgio prepara Olympia, canção composta por Cynthia Weil e Barry Mann. As canções imperdíveis são assinadas por Ivan Lins e Vitor Martins: Uma é “Kisses”, com versão de Alan & Marilyn Bergman. E a outra é “Depende de nós”, que virou “The sound of one song” na versão de Cynthia Weil. 

Sergio Mendes

“Sérgio Mendes Brasil 86” é o álbum seguinte. Sobressaem-se os funkeados  

“Non stop” de Bob Marlette e Sueshifrin e “Day light”, de Diane Warren, Peter Wolf e Sérgio Mendes. 

Em 1989 acontece o disco “Arara”. As canções mais impactantes são “Surrender”  versão de Azul de Caetano Veloso e Djavan, “Keep this heart”, versão de Açaí, também de Djavan. E “Cinnamon and clove”, ou Cravo e canela de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.  

Sergio MendesEm 1992 chega “Brasileiro”, que ganha o Grammy de “Melhor Álbum de Música Global” de 1993. E logico que contém muitas canções diferenciadas, como “Barabaré” de Carlinhos Brown, Edmundo Caruso e Paulinho Camafeu, “Senhoras do Amazonas” de João Bosco e Belchior, cantada por João Bosco, “Esconjuros” de Aldir Blanc e Carlos Guinga, “Kalimba”, “Sambadouro” e “Lua Soberana” de Ivan Lins e Vitor Martins.  

 

Sergio MendesOceano” de 1996 traz a canção que inspira o nome do álbum “Puzzle of heart” versão de Oceano de Djavan e mais “Trilhos Urbanos” de Caetano Veloso, O destaque vai para “Anos Dourados” de Tom Jobim e Chico Buarque, numa linda interpretação de Caetano Veloso e Gracinha Leporace-Mendes.

 

Sérgio MendasTimeless, de 2006, é um dos mais cobiçados álbuns de Sérgio Mendes. E não é por acaso. Marca encontros de Sérgio Mendes com bandas e cantores famosos. Mistura bossa nova com hip hop e R&B. Assim como Sérgio e Black Eyed Peas, que performam juntos uma nova versão de “Mais que Nada” de Jorge Bem Jor. Também tem Sérgio com Black Eyed Peas e Erika Badu em “That Heart” de Henri Mancini, Norman Gimbel e Will Adams. Sérgio com Stevie Wonder que toca harmônica no medley “Berimbau-Consolação” de Vinicius de Moraes e Baden Powell. E Sérgio com John Legend, de John Legend na marcante “Please baby don´t”. 

“Encanto”, álbum de 2008, inclui “Morning in Rio” de Toninho Horta, “Somewhere in the Hills”, a versão de O Morro não tem vez” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, com participação de Natalie Cole, “Dreamer”, versão de Vivo Sonhando de Tom Jobim. A imperdível é “Catavento e girassol” de Guinga e Aldir Blanc, na voz de Gracinha Leporace. 

Sérgio MendesLançado em 2010, o álbum “Bom tempo” vence o Grammy Latino como o “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro”. Dele participam Seu Jorge em “Maracatu atômico”, de Nelson Jacobina e Jorge Mautner, Carlinhos Brown em “Magalenha” e “You and I” ambas de Carlinhos Brown, Milton Nascimento em “Caxangá” de Milton Nascimento e Fernando Brant, Gracinha Leporace em “Caminhos cruzados“ de Tom Jobim e Newton Mendonça e “Só tinha de ser com você” de Aloisio de Oliveira e Tom Jobim. 

O álbum “Magic”, gravado no Rio de Janeiro, Salvador e Los Angeles, acontece em 2014. E reúne novamente Sergio Mendes com Carlinhos Brown, John Legend, Milton Nascimento, Seu Jorge e outros artistas brasileiros. E tem funk, bossa nova, samba e música eletrônica. Imperdíveis são “Don´t say goodbye” de Scott Mayo, John Legend e Sérgio Mendes, com John Legend, “Samba de roda” de Aila Menezes e Mika Mutti, com Aila Menezes e Gracinha Leporace e “When I fall in love” de Toninho Horta, Brenda Russel e Tatta Spala.  

Sergio MendesO mais recente álbum de estúdio de Sergio Mendes “In the key of joy”, surge em 2020. Os destaques vão pra ”Catch the wave” de Nisha Asnani e Carlinhos Brown, com Sheléa Frazier e “Samba in heaven” de Nisha Asnani, Mika Mutti, Scott Mayo e Sérgio Mendes. E para as instrumentais “Romance em Copacabana” de Mika Mutti tocado por Sérgio Mendes, “This is it” (É isso) de Hermeto Paschoal, com Hermeto, Sérgio e Gracinha Leporace e “Tangará” composta por Guinga, tocada por Sérgio e vocalizada por Guinga e Gracinha Leporace. 

Sergio MendesE 2021, em comemoração aos 80 anos de Sérgio Mendes, é lançado um documentário feito pela HBO Go, chamado “Sérgio Mendes no tom da alegria”, que narra sua trajetória desde a infância em Niterói, RJ, sua cidade natal, até a participação no Rock in Rio de 2007.  

NOTA: pesquisa histórica, musical e texto por Nando Cury

Imagens: Capas de álbuns de Sérgio Mendes

Ouça a versão com as músicas em:

 


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